O presidente dos EUA, Barack Obama, durante pronunciamento nesta sexta-feira (7) em San Jose, na Califórnia (Foto: AP) |
Imprensa revelou que o governo segue telefonemas e internet de cidadãos.
Monitoramento obedece a Constituição dos EUA, garantiu o presidente.
O presidente dos EUA, Barack Obama, disse nesta sexta-feira (7) que os
parlamentares americanos estavam informados sobre as atividades de
espionagem do governo, tema de polêmica desde que reveladas pela imprensa nos últimos dois dias. O democrata afirmou que as conversas telefônicas dos cidadãos
americanos "não estão sendo ouvidas" e disse que as salvaguardas
constitucionais estão sendo garantidas na atividade de monitoramento. "Ninguém está ouvindo suas ligações telefônicas. O programa não é
isso", disse o presidente no Vale do Silício, na Califórnia, em seus
primeiros comentários sobre o tema. "O que a comunidade de inteligência está fazendo é olhar os números de
telefone e a duração das chamadas. Eles não estão olhando nos nomes das
pessoas, e não estão olhando o conteúdo, mas, estudando os assim
chamados "metadados", eles podem identificar algumas tendências que
podem ajudar as autoridades a interromper potenciais planos
terroristas", disse. Obama afirmou que, inicialmente, ficou cético em relação à utilidade do
monitoramento das comunicações, mas depois se convenceu de sua
necessidade no combate ao terrorismo, mas mantendo a privacidade da
população. Segundo ele, o programa tem um "amplo apoio bipartidário" no Congresso e
foi amplamente estudado por sua equipe de assessores, pelos
parlamentares e pela Justiça. O democrata afirmou que acredita que o debate levantado pelas
revelações é "bem vindo", mas disse estar descontente com o fato de
detalhes do programa terem vazado para a imprensa. A Casa Branca já havia defendido a atividade. O jornal "Washington Post" informou na quinta-feira que as autoridades
federais têm utilizado os servidores centrais de empresas como Google,
Apple e Facebook para ter acesso a emails, fotos e outros arquivos de
usuários, permitindo a analistas rastrear movimentos e contatos de uma
pessoa. A revelação aumentou as preocupações com a privacidade provocadas por
uma reportagem do jornal britânico "Guardian", afirmando que a Agência
de Segurança Nacional dos EUA (NSA) tinha obtido registros telefônicos
de milhões de clientes de uma subsidiária da Verizon Communications. Obama está na Califórnia para se encontrar com o presidente da China, Xi Jinping. Fonte: G1
07-06-2013
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