As lagostas deverão chegar vivas aos entrepostos de produção. Prática dá mais qualidade e combate a pesca ilegal
Uma proposta de empresários cearenses e que já está sendo colocada em
pratica deve virar regra do Ministério da Pesca e Aquicultura no
combate à pesca ilegal da lagosta. De acordo com o secretário de
ordenamento e planejamento da Pesca, Flávio Bezerra, a lagosta terá que
chegar viva aos entrepostos de produção. Flávio falou a
empresários do setor no evento Pesca e Aquicultura, Marcelo Crivella, no
seminário Nacional Pescado Brasileiro - Um grande negócio, encerrado em
Brasília na última quinta-feira. O debate já vem sendo feito mas, no
Ceará, empresas como a Interfrios e a RB já adotaram a prática
qualificando, assim, o produto comercializado e evitando que produtos
piratas sejam negociados. “Foram empresários do Ceará que
sugeriram isso e estamos estudando ampliar a ideia. Evitaria que
pescadores sem qualificação e sem equipamentos entrassem no setor por
exemplo”. Segundo ele contêineres lotados de lagosta são devolvidos
rotineiramente pelos Estados Unidos por conta da contaminação do
pescado. “O pescador urina na agua perto do barco ou joga a cabeça do
camarão no casco. Isso apodrece e contamina toda produção”, lembrou. De
acordo com o Diretor nacional de pesca industrial, Mutsuo Asano Filho,
20% da pesca feita no mundo é ilegal. O Brasil aparece como o 23º
colocado no ranking mundial dessa ilegalidade. Um plano de ação está em
elaboração para combater com maior eficácia a pirataria. O plano
envolve, além do Ministério da Pesca, o Ministério do Meio Ambiente, a
Polícia Federal, Marinha, entre outros. “A ideia e fazer uma operação
conjunta. Hoje está tudo muito isolado”. Camocim No
evento, o ministro Marcelo Crivella afirmou que a produção de pescado
no País está aquém do potencial. E citou Camocim, no litoral cearense,
como exemplo. Um exemplo está no próprio Ceará. Crivella afirmou que a
cidade de Camocim vem se firmando como ponto de desembarque de atuns
pescados no Nordeste. “Os problemas que haviam ali foram resolvidos e já
estamos em ampla produção. O Brasil produz, hoje, cerca de 30 mil
toneladas de atum, a maioria no Nordeste. Podemos muito mais”. Fonte: opovo
15-03-2014
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