Lote que causou reação representa 1/3 das vacinas contra HPV do RS





Ao menos seis meninas tiveram reações após serem vacinadas no estado.
Cerca de 89 mil doses foram encaminhadas ao Ministério da Saúde.


O lote com doses da vacina contra o HPV que causou reações em pelo menos seis meninas no Rio Grande do Sul representa cerca de um terço do total de doses distribuídas no estado, informou nesta sexta-feira (28) a Secretaria Estadual da Saúde. Entretanto, apesar de ter sido encaminhado a todas as regiões, a pasta não divulgou a lista de municípios gaúchos que receberam o material. O lote que teve a aplicação suspensa é composto por 89 mil doses e não teve a numeração divulgada. O número corresponde a 32,8% das 271 mil vacinas distribuídas no estado. A quantidade é maior do que a necessária para imunizar as 258 mil meninas entre 11 e 13 anos que moram no Rio Grande do Sul. A meta da campanha é atingir 80% dessa população, ou seja, 206 mil adolescentes. Segundo a secretaria da Saúde, seis meninas tiveram reação após serem vacinadas contra o HPV. Cinco casos foram registrados em Porto Alegre. Uma paciente de Veranópolis, na Serra gaúcha, teve convulsões. Segundo a pasta, a menina de 11 anos teve uma crise após receber a dose na quinta-feira da semana passada, dia 20. Após o atendimento, ela segue em acompanhamento neurológico, e passa bem. A Prefeitura de Pelotas, no Sul do estado, confirmou que recebeu apenas o lote que apresentou problemas e, por isso, está com a aplicação de vacinas interrompida até receber novas doses. O lote recolhido foi encaminhado para análise do Ministério da Saúde. Já Porto Alegre e Veranópolis, na Serra, receberam mais de um lote e continuam fazendo a imunização com os outros.  Ainda conforme a Secretaria da Saúde, a incidência do sintoma após a vacina não é confirmada por estudos internacionais. Por esse fato, o Ministério da Saúde informou que considera o caso "grave". Nos demais casos, as meninas tiveram mal estar, dores musculares e de cabeça e náuseas. Elas foram atendidas e não houve necessidade de internação. Outras adolescentes tiveram reações mais leves, como dor no local de aplicação e coloração avermelhada da pele. Até a noite de quinta-feira (27), mais de 116 mil meninas entre 11 e 13 anos foram vacinadas contra o HPV no estado, o equivalente a cerca de 45% das 258 mil previstas. A secretaria considera a cobertura no estado uma das melhores do país. O vírus HPV é uma das principais causas do câncer do colo de útero, um dos tipos de maior incidência entre as mulheres. A vacina é oferecida em três doses diretamente em todas as escolas, públicas ou particulares. A primeira delas ocorre durante a campanha. A segunda dose acontece daqui a seis meses e a terceira, como um reforço, cinco anos depois. Para receber a imunização, basta apresentar o cartão de vacinação, caderneta do adolescente ou documento de identificação. Caso os pais ou responsáveis não concordem com a vacinação da adolescente, eles devem assinar o "Termo de Recusa de Vacinação contra HPV", distribuído pelas escolas antes da vacinação. Fonte: G1 
28-03-2014
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