Ministério da Justiça pergunta se STF quer extradição de Pizzolato





Ministério iniciou preparativos para abertura de processo de extradição.
Condenado no mensalão fugiu, mas foi preso na Itália na quarta-feira (5).




Em documento enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) na noite desta quinta-feira (6), o Ministério da Justiça comunicou oficialmente ao presidente da Suprema Corte, Joaquim Barbosa, sobre a prisão do ex-dirigente do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, condenado no processo do mensalão que estava foragido e foi preso na Itália na quarta (5). No documento, o ministério também avisa que iniciou procedimento preparatório com a finalidade de instaurar a extradição e comunica que o tribunal tem 40 dias para manifestar interesse em que o condenado retorne ao Brasil para cumprimento da pena.  O ministério divulgou nota em que explica o Aviso Ministerial enviado ao STF.  "O Ministério da Justiça protocolou no fim da tarde desta quinta-feira (6/02), no Supremo Tribunal Federal, Aviso Ministerial comunicando a abertura de procedimento preparatório com a finalidade de instaurar a extradição do Sr. Henrique Pizzolato [...]O objetivo da comunicação é dar ciência da abertura de prazo de 40 dias para que o Tribunal manifeste interesse na instalação da Extradição e encaminhe os documentos necessários para sua formalização junto ao Estado italiano, nos termos do Tratado em vigor entre os dois países", afirma a nota.  Ministros do Supremo têm afirmado que não compete ao tribunal tomar providências para a extradição, mas sim ao Poder Executivo. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, informou após a prisão que iniciou a tradução de documentos do processo para pedir oficialmente ao Supremo que encaminhe o pedido de extradição ao Ministério da Justiça.  A extradição ocorre quando um país reclama o envio de um condenado ou processado em suas terras para que cumpra a pena ou responda ao processo. O caso de Pizzolato, no entanto, é polêmico porque ele tem dupla cidadania e, por isso, o governo italiano pode se recusar a extraditá-lo. Logo após a prisão de Pizzolato, o ministro com mais tempo de atuação no Supremo, Celso de Mello, afirmou que a extradição seria "juridicamente inviável" e medida "inócua" porque o condenado é cidadão italiano e, consequentemente, "inextraditável". Para outro ministro, Marco Aurélio Mello, a Constituição italiana permite o envio de cidadão italiano ao país que o reclama, diferentemente da Constituição brasileira, que veda a extradição de brasileiro nato. Ele diz que trata-se de uma "definição política internacional", já que cabe ao governo da Itália decidir se extradita ou não Pizzolato. Pizzolato foi condenado a 12 anos e 7 meses de prisão por formação de quadrilha, peculato e lavagem de dinheiro. O mandado de prisão contra ele foi expedido no dia 15 de novembro do ano passado. Pela decisão do STF, a pena deve ser cumprida em regime fechado, em presídio de segurança média ou máxima. O ex-diretor de marketing do Banco do Brasil foi encontrado em Maranello, cidade famosa por abrigar a fábrica e museu da Ferrari. A polícia local informou que ele foi levado pra Modena, a cerca de 21 km de distância. Segundo a Polícia Federal, Pizzolato portava documentos falsos e pode responder tanto no Brasil quanto na Itália pelo crime. Fonte: G1 
07-02-2014
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