Jerusalém, 10 jan (EFE).- O Ministério da Habitação de Israel
anunciou nesta sexta-feira novas licitações públicas para construir
1.877 casas em assentamentos da Cisjordânia e Jerusalém Oriental,
segundo a ONG israelense 'Paz Agora'. São 801 unidades em
assentamentos da Cisjordânia e 1.076 em Jerusalém Oriental, ambos
territórios palestinos ocupados por Israel em 1967, informou a
organização em comunicado. Na nota estão incluídas ainda
informações apuradas pela imprensa israelense que apontam que outras 56
casas poderiam se somar à colônia judia de Neveh Yaakov, em Jerusalém
Oriental, extremo que não pôde ser confirmado. Desde o início do
atual processo de negociação entre israelenses e palestinos impulsionado
pelos EUA, Israel abriu concorrência pública para a construção de 5.349
casas em assentamentos judaicos, 2.258 na Cisjordânia e 3.019 em
Jerusalém Oriental, segundo a ONG israelense. Além disso, o
Executivo promoveu 11.047 casas (8.625 na Cisjordânia e 2.422 em
Jerusalém Oriental) através de diferentes medidas desde são anunciadas
as licitações até quando os projetos são aprovados. 'É um
indicador de que esse governo não é sério em relação ao processo, de
fato zomba do público israelense, da liderança palestina, do secretário
de Estado americano (John Kerry) e da comunidade internacional', diz a
ONG na nota. Há meses, Kerry tenta notavelmente mediar o diálogo
entre israelenses e palestinos para que aceitem um marco que possibilite
uma solução de dois Estados ao conflito no Oriente Médio, no qual os
assentamentos judaicos são um dos principais empecilhos. O chefe
negociador palestino e diretor da Organização para a Libertação da
Palestina (OLP), Saeb Erekat, condenou o anúncio, que 'reflete o claro
compromisso de Israel com a destruição dos esforços de paz e a imposição
de um regime do apartheid'. Erekat manifestou, em comunicado, que
a decisão 'serve de lembrete à comunidade internacional de que (deve)
romper todos os laços com a ocupação israelense, incluindo companhias e
instituições envolvidas na colonização da Palestina'. Em novembro,
a equipe negociadora palestina se recusou a seguir negociando com
Israel diante do que considerava uma falta de seriedade e boa fé na
negociação, precisamente pela continuação do projeto colonizador
israelense. Apesar da decisão, que parece obedecer a um gesto
político de frustração e denúncia, ambas as partes mantiveram os
contatos sob o apoio de Washington, apesar de ainda não ter resultados. Fonte: Agencia EFE /MSN
11-01-2014
Blogger Comment
Facebook Comment