Syriza, da extrema-esquerda, venceu eleição com boa margem de votos. Alexis Tsipras havia renunciado cargo de primeiro-ministro em agosto.
Todos esperavam uma disputa acirrada, mas o Syriza, partido de extrema-esquerda liderado por Tsipras, venceu a eleição com uma boa margem de votos. Agora, governar a Grécia, atolada em dívidas e na recessão, não vai ser uma tarefa fácil.
Jornais gregos destacam: "Alexis Tsipras ganhou dos eleitores uma segunda chance". Mas lembram que os desafios daqui para a frente são muitos. O "Ta Nea", de centro-esquerda, afirma que “será preciso implementar as reformas exigidas pelos credores, enfrentar uma crise econômica e uma crise migratória.”
O conservador "Kathimerini" ataca: "Vamos esperar que desta vez os erros trágicos dos últimos sete meses sejam evitados."
Neste domingo (20), os gregos voltaram às urnas. Foi a quinta eleição geral em seis anos, mas no discurso da vitória, Tsipras afirmou que agora tem um claro mandato para os próximos quatro anos.
O premiê renunciou no mês passado ao perder apoio dentro do próprio partido, o Syriza. O motivo foi a assinatura do terceiro pacote de resgate, que prevê mais medidas de austeridade.
O parlamento grego tem um total de 300 cadeiras. O Syriza conseguiu 145. Para governar, precisa de uma coalizão. Neste domingo (20), uma aliança foi fechada.
O líder do Syriza e o líder do nacionalista Gregos Independentes subiram juntos ao palanque para comemorar a vitória. Na segunda-feira (21), o presidente do Parlamento Europeu criticou a aliança com um partido que é contra o pacote de resgate e tem propostas anti-imigração.
Alexis Tsipras toma posse ainda nesta segunda-feira (21) e na quarta-feira (23) participa da reunião dos líderes da União Europeia que vai discutir a crise da imigração. A Grécia é uma das principais portas de entrada dos refugiados que chegam à Europa.
Fonte: Bom dia Brasil 21.09.2015
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