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| O ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato (Foto: Maurilo Clareto / Editora Globo) |
O ex-diretor do BB fugiu do Brasil em 2013. Ele foi condenado no mensalão
O Conselho de Estado da Itália rejeitou nesta terça-feira recurso da defesa de Henrique Pizzolato e autorizou a extradição do ex-diretor de marketing do Banco do Brasil, condenado no processo do mensalão, informa a agência Ansa. Segundo os juízes italianos, o Brasil apresentou garantias suficientes de que os direitos de Pizzolato, que, além de brasileiro, tem cidadania italiana, seriam respeitados nas prisões brasileiras. A defesa de Pizzolato afirmava que, nas cadeias brasileiras, os direitos humanos eram violados.
De acordo com o G1, O Brasil apresentou documentos e vídeos mostrando três prisões em que o ex-diretor do BB poderia cumprir a pena de 12 anos e 7 meses de reclusão por peculato, lavagem de dinheiro e corrupção passiva: o presídio da Papuda, em Brasília, e outros dois em Santa Catarina, perto da família dele.
Henrique Pizzolato fugiu do Brasil em 2013. Ele entrou na Itália com um passaporte falso, feito em nome do irmão dele, morto há 30 anos. Pizzolato foi preso em fevereiro de 2014, em Maranello. Na Itália, também respondeu por falsidade ideológica. A extradição pedida pela Procuradoria-Geral da República fora negada em primeiro instância, na Corte de Apelação de Bolonha. O Brasil recorreu e obteve uma decisão favorável em fevereiro deste ano, ratificada pelo governo da Itália em abril. Entretanto, uma liminar do Conselho de Estado, em junho, suspendera a decisão do governo, solicitando os documentos sobre as prisões, que agora foram analisados para a confirmação da extradição.
Pizzolato ainda poderá recorrer à Corte Europeia de Direitos Humanos, em Estrasburgo, na França. Além disso, há a possibilidade de ele ter de permanecer na Itália pelo menos até dezembro, quando deverá se apresentar diante do tribunal por conta do processo por falsidade ideológica.
Fonte: Epoca 22.09.2015
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