A Beija-Flor é a campeã do carnaval carioca. A escola superou o Salgueiro, que ficou em segundo. A Beija-Flor foi a terceira agremiação a entrar na avenida, na noite de segunda-feira, com o enredo homenageando a cultura africana de Guiné Equatorial. A história contada pela escola passa de pai para filho pelos ancestrais, os chamados griôs. O desenvolvimento da Guiné Equatorial ganhou destaque no Sambódromo, com o enredo "Um griô conta a história: um olhar sobre a África e o despontar da Guiné Equatorial. Caminhemos sobre a trilha de nossa felicidade". Uma novidade este ano da Beija-Flor foi a explosão de cores nas alas e carros alegóricos, no lugar das suas cores tradicionais - azul e branco.
Apesar do tema ter virado motivo de discussão, o samba-enredo e a bateria animaram o público na Sapucaí – Neguinho da Beija-Flor com certeza ajudou muito nisto. Especialmente os ritmistas, que cadenciaram bem a batida com bossas em diversos trechos da música. Novamente, houve a presença de frigideira entre os instrumentos, culminando em um som metálico.
A rainha da bateria da escola de Nilópolis, na Baixada Fluminense, Raíssa Oliveira, foi intensamente aplaudida pela comitiva oficial do governo de Guiné Equatorial, que assistia ao desfile de um camarote privado. Raíssa retribuiu com uma reverência. O presidente do país africano, Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, já acompanha o carnaval do Rio há alguns anos e este ano embarcou para o Brasil com cerca de 40 pessoas para conferir a homenagem da Beija-Flor. Obiang teria contribuído este ano com milhões de reais para o carnaval da agremiação.
A diretoria da escola, no entanto, não confirmou o total doado. O presidente da Beija-Flor, Farid Abraão David, admite ter recebido uma contribuição do governo da Guiné Equatorial, mas não revela o montante e ainda afirmou que a sua escola não entra em questões políticas, se referindo à polêmica do país africano ter um regime ditatorial.
A diretoria da escola, no entanto, não confirmou o total doado. O presidente da Beija-Flor, Farid Abraão David, admite ter recebido uma contribuição do governo da Guiné Equatorial, mas não revela o montante e ainda afirmou que a sua escola não entra em questões políticas, se referindo à polêmica do país africano ter um regime ditatorial.

Segundo
a revista americana ‘Forbes’, Obiang é o oitavo governante mais rico do
mundo. Obiang frequenta o carnaval carioca há muitos anos e já tem
imóveis luxuosos no Brasil. A Guiné Equatorial é um país do continente
com 700.000 habitantes, terceiro maior produtor de petróleo do
continente africano. Ocupa a 136ª posição (de 187) no índice de
desenvolvimento humano da ONU.
Fonte: jb 18.02.2015
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