WASHINGTON — O número de mortes de civis confirmadas em ataques aéreos dos Estados Unidos nos territórios sírio e iraquiano quase duplicou, chegando a 41 pessoas. Pelo menos 20 mortes aconteceram entre setembro e fevereiro, concluíram autoridades americanas em investigações sobre os bombardeios conduzidos pelo país na luta contra o Estado Islâmico (EI) desde 2014. Embora tenham lamentado as mortes, representantes do governo dos EUA disseram que as suas ofensivas militares têm alvos legítimos e são as mais precisas na História.
— Não existem mortes civis intencionais. Estamos tentando evitar mortes de civis mas, nestes casos, infelizmente, avaliamos que era provável que civis tivessem morrido — disse Patrick Rider, porta-voz do Comando Central dos EUA ao "The Independent".
Um relatório oficial do governo americano revela que oito pessoas morreram em um único ataque que atingiu o Iraque em outubro do ano passado. Além disso, há evidências de que houve 20 outras vítimas fatais e 11 pessoas feridas em nove ataques dos Estados Unidos.
Os ataques americanos já deixaram vítimas e danos materiais em diversos pontos do Iraque, incluindo em Mosul e em Ramadi. Na Síria, o mais recente episódio do gênero confirmado aconteceu em fevereiro, quando um civil morreu enquanto dirifia perto de um carro do Estado Islâmico em Al Ghazili. Outra pessoa morreu quando um míssil americano atingiu um carro que transportava dois jihadistas na véspera de Natal.
Desde o início da campanha militar dos EUA para combater os jihadistas em 2014, já foram realizados 12 mil ataques aéreos na região. O número de mortes ainda pode subir expressivamente em meio às investigações do governo americano.
BAIXAS DE JIHADISTAS
Embora os EUA não tenham divulgado o número de extremistas mortos nas operações, o Pentágono recentemente afirmou que mais de 25 mil jihadistas já foram mortos em seus ataques aéreos.
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Segundo o governo americano, o número de integrantes do Estado Islâmico tem se reduzido, em função da ação militar internacional e local no Iraque e na Síria e está em seu nível mais baixo desde que Washington começou a monitorar o grupo.
"Trabalhando - seja diretamente, seja por meio de sócios locais - recuperamos 40% do território que o Daesh (acrônimo do EI em árabe) controlava há um ano no Iraque, e 10% na Síria", declarou o secretário de Estado adjunto Antony Blinken neste mês. "De fato, consideramos que os números do Daesh estão em seus níveis mais baixos desde que começamos a monitorar seus contingentes em 2014", acrescentou.
Em setembro de 2014, a última estimativa citada por Blinken, um funcionário da Inteligência americana disse à AFP que a CIA acredita em que o grupo poderia contar com entre 20.000 e 31.500 combatentes, incluindo efetivo local e recrutado no exterior.
Fonte: O Globo 23.04.2016
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