Ministro afirma que dados sobre miséria do Ipea não podem ser vistos isoladamente



Marcelo Neri negou, ainda, que o instituto estaria retendo os dados para não prejudicar a campanha de reeleição de Dilma
O ministro de Assuntos Estratégicos, Marcelo Neri, comentou nesta quarta-feira (5) sobre as críticas geradas por conta dos dados publicados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) sobre o aumento de brasileiros na miséria, após quase uma década.

O ministro afirma que os dados não podem ser vistos de maneira isolada, pois o conjunto de informações divulgadas pelo governo é positivo, já que houve crescimento de 5,5% da renda real per capita no país.




"Existe um foco total em cima de um dado em um ano. Se a gente pegar os mesmos dados eles vão mostrar que a extrema pobreza nos dois últimos anos teve uma queda 50% acima da prevista pelas metas do milênio da ONU", disse Marcelo após uma cerimônia no Palácio do Planalto.

"As pessoas estão pegando um dado em um ano e dizendo que esse dado está escondido. Você tem uma estabilidade de alguns indicadores, mas o quadro geral da nação é de avanço muito forte. Você tem um foco em um dado quando se tem um avanço no Brasil no último ano, que são fatores temporários", continuou.


Marcelo nega, ainda, que os dados tenham sido retidos pelo Ipea para não prejudicar a campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff.

"Houve uma decisão do Ipea de se manter à margem do período eleitoral em relação a qualquer tipo de dado. Está se falando que existe um estudo sobre pobreza, não existe nenhum estudo sobre extrema pobreza escondido. O Ipea decidiu de forma autônoma, sem interveniência. Foi uma decisão da diretoria do Ipea de não divulgar dados bons ou ruins em qualquer circunstância".


Os dados
Pela primeira vez em dez anos, o número de brasileiros em situação de miséria subiu. Segundo dados publicados no dia 30 de outubro pelo Ipea, ligado ao governo federal, entre 2012 e 2013 houve um aumento de 3,6% de cidadãos abaixo da linha extrema de pobreza.

Em 2003, 26,2 milhões de pessoas tinham renda inferior ao nível considerado de pobreza, mas desde então o número tem caído sucessivamente, até que 2013 registrou 400 mil miseráveis a mais, em comparação com os 10 milhões de 2012.



Apesar disso, a quantidade de pobres continua caindo no Brasil. Em 2012 foram registrados 30,3 milhões de pessoas na linha de pobreza, enquanto em 2013 o número caiu para 28,6 milhões. Para determinar a linha de pobreza, o valor considerado é o dobro para aqueles que estão em situação de miséria.


Apesar de ainda não terem sido divulgados oficialmente pelo Ipea, os números estão disponíveis no banco de dados do instituto desde o dia 30 de outubro.
Confira os dados do Ipea com o número de pobres e miseráveis no Brasil:
Número de miseráveis2003 - 26.242.672
2004 - 23.577.095
2005 - 20.889.220
2006 - 17.315.355
2007 - 16.504.043
2008 - 14.032.928
2009 - 13.597.606
2011 - 11.772.648
2012 - 10.081.225
2013 - 10.452.383
Número de pobres2003 - 61.814.129
2004 - 60.132.299
2005 - 56.032.401
2006 - 49.004.957
2007 - 46.706.214
2008 - 41.928.361
2009 - 40.066.020
2011 - 34.355.298
2012 - 30.350.786
2013 - 28.698.598

 Fonte: correio24horas 06-11-2014
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