Os investimentos externos diretos chegaram a US$ 8,33 bilhões |
BRASÍLIA
- O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quarta-feira (18)
que a confiança dos investidores na economia brasileira vem aumentando.
Só em novembro, informou, os investimentos externos diretos chegaram a
US$ 8,33 bilhões. O resultado elevou o resultado acumulado do ano para
US$ 60,8 bilhões. Embora admita que este ano o país enfrentou problemas de confiança, o
resultado, conforme disse, mostra a credibilidade que os investidores
têm no país. “Acho que este ano tivemos problemas com a questão da confiança
porque alguns setores ficaram de mau humor com o Brasil. Mas houve
exageros. Na prática o que aconteceu foi o resultado de 8,33 bilhões de
investimentos no Brasil. Isso mostra confiança e ninguém viria para
investir aqui à toa”, disse. Na avaliação do ministro, esse resultado poderá subir para algo
próximo a US$ 63 bilhões ou US$ 64 bilhões até o final do ano, valor
considerado por ele expressivo ante a atual situação da economia mundial
ainda em crise. “O resultado é expressivo em um ano em que o Federal Reserve (Fed) –
Banco Central dos Estados Unidos – causou uma certa turbulência na
economia mundial [provocando] saída de capitais de vários países para o
mercado americano. O fato a que se referiu o ministro foi a discussão no âmbito do Fed
sobre a necessidade ou não de se manter os estímulos à economia
americana. “Mesmo assim, o Brasil continuou recebendo capitais. Aqui não
está nem a conta financeira”, avaliou. Mantega lembrou ainda que o Brasil é considerado um dos países mais
atrativos quando se trata de investimentos diretos, sendo em 2012 o
terceiro no ranking. “Só ficamos atrás dos Estados Unidos e da China
(incluindo Hong Kong). Este ano deveremos ter uma posição semelhante”,
disse. A má vontade e mau humor do mercado, segundo Mantega, se deveu muito
mais à redução das taxas de juros no Brasil e à desvalorização do real,
em 2012, com queda na rentabilidade dos recursos dos estrangeiros que
vieram apenas para especular no mercado financeiro brasileiro e
compensar perdas em outros países. “Quem faz esse tipo de operação perdeu dinheiro. Colocamos o Imposto
sobre Operações Financeiras (IOF) de 6% sobre a renda fixa, que é muita
coisa. Quem estava fazendo arbitragem perdeu dinheiro. Por isso não deve
ter gostado. Mas as medidas eram necessárias para fortalecer a economia
brasileira”, destacou. Para Mantega, não dava para o país manter juros e spreads (diferença
entre a captação do recurso pelo banco e o que ele cobra do cliente) tão
elevados. Segundo ele, os spreads, agora, mesmo com o atual juros
básicos (10%), estão menores. Outra mudança, lembrou, foi no setor elétrico que, embora anunciada
com antecedência e discutida, causou perdas aos investidores. Estes
ficaram também de “mau humor” em relação ao governo brasileiro. “Mas foi
apenas um segmento. O Brasil continua atrativo seja para aplicações
financeiras, seja para investimentos diretos. Significa que há confiança
dos investidores”, garantiu. Sobre a inflação, que sempre provoca repercussões no mercado
doméstico e também internacional, o ministro assegura que terminará
abaixo do registrado no ano anterior, quando ficou em 5,84% pelo Índice
de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). “Agora, está em 5,77%. [Essa
redução aconteceu, apesar da] pressão maior no preço dos alimentos este
ano, mais do que nos anteriores. Portanto [o resultado está] dentro dos
padrões brasileiros dos últimos anos”. Fonte: dci
18-12-2013
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