As áreas urbanas brasileiras são responsáveis por 23% do total das
emissões de gases de efeito estufa da América Latina. O principal
gerador é o setor de transporte associado ao consumo de combustíveis de
origem fóssil. O Brasil só é superado em emissões no continente pelo
México (30%). Os dados constam do relatório Estado das Cidades da América Latina e Caribe 2012 - Rumo a uma nova transição urbana, que acaba de ser divulgado pelo Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos (ONU-Hábitat). De acordo com o estudo, nos últimos dez anos a frota de carros dobrou
no continente latino-americano. As emissões per capita de CO2 avançaram
18%. De acordo com o trabalho, 80% da população da América Latina e do
Caribe vive em cidades, porcentual superior ao dos países desenvolvidos. O estudo estima que, em 2050, 89% da população da região estará
vivendo em cidades. Hoje, 92% da população urbana tem acesso à água
encanada, "mas as tarifas cobradas pelo fornecimento não costumam cobrir
os custos e penalizam os mais pobres". O representante do ONU-Hábitat, Erik Vittrup, ressalta o fato de que
grande número de cidades continua contaminando rios e mares e deixando
lixo a céu aberto. Quanto ao Brasil, ele elogia o sistema de transporte
público de Curitiba, o projeto de UPPs no Rio e a política de mudanças
climáticas em São Paulo. Redução de emissões - A Confederação Nacional da Indústria
(CNI) e o Ministério do Meio Ambiente fecham acordo que visa reduzir as
emissões de gases de efeito estufa em 5% até 2020. São sete os setores
da indústria que serão alcançados pelo acordo: alumínio, cimento, papel e
celulose, químico, cal, vidro e ferro-gusa. A iniciativa integra a
Política Nacional sobre Mudança do Clima. "A parceria com o setor industrial é um desafio para o Brasil, como
País que avançou e tem avançado cada vez mais na redução das emissões
relacionadas ao desmatamento", ressalta a ministra do Meio Ambiente,
Izabella Teixeira. A relação das emissões de CO2 por unidade de Produto Interno Bruto
(PIB), que é a soma das riquezas produzidas no país, também foi
destacada pela ministra. "O Brasil deve avançar, não somente com uma
matriz energética limpa, mas também permitir que a relação de emissão de
CO2 por produto ou PIB gerado ofereça todas as condições de bons
resultados em termos do Plano Nacional de Mudanças Climáticas", afirma.
Segundo ela, o avanço influenciará, também, em termos de competitividade
de mercado, gerando emprego e desenvolvimento do País. Fonte: Terra
22-08-2012
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