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O grupo islamista nigeriano matou mais de 200 pessoas na semana passada, com ataques diários entre terça e sexta-feira AFP |
Atentado em Jos é atribuído aos extremistas do Boko Haram. A
confirmar-se, o grupo terá assim matado à volta de 250 pessoas em
ataques só numa semana
Quarenta e quatro pessoas morreram e outras 67 ficaram feridas em duas explosões no domingo, em Jos, no centro da Nigéria. As autoridades nigerianas estavam ainda a recolher informações nesta segunda-feira, como escreve a BBC, e espera-se que o número de vítimas cresça ao longo do dia.
Uma das explosões aconteceu num restaurante “islâmico de elite”, que governantes nigerianos costumam frequentar, como escreve a Associated Press, e foi causada por uma bomba detonada à distância. A segunda explosão foi responsabilidade de um bombista suicida que se detonou numa mesquita da cidade, momentos depois de esta ter sido atacada com rajadas de metralhadora. Morreram mais de 20 pessoas em cada local.
O ataque não foi reivindicado, mas tudo indica que tenha sido responsabilidade do grupo islamista Boko Haram, que em Março se filiou ao autoproclamado Estado Islâmico. O grupo opera sobretudo no Nordeste do país, mas já atacou Jos no passado com vários atentados suicidas e atravessa agora um dos seus períodos mais agressivos.
A confirmar-se a acção do grupo fundamentalista, o ataque de domingo será o último de uma sequência mortífera de atentados do Boko Haram desde que começou o mês do Ramadão, a 18 de Junho. O grupo lançou quatro atentados diários entre terça e sexta-feira da semana passada que ao todo mataram mais de 200 pessoas, algumas por bombistas suicidas, outros metralhados em mesquitas e em suas casas.
Os extremistas na Nigéria parecem estar a responder aos apelos do autoproclamado Estado Islâmico para que o Ramadão seja um “um mês de calamidades” para os “infiéis”.
Um dos alvos do ataque deste domingo terá sido o imã Sani Yahya Jingir, que conduzia as cerimónias na mesquita atacada e que sobreviveu. Sani Yahya Jingir é um conhecido opositor do grupo fundamentalista, “que professa a coexistência pacífica entre as religiões”, escreve a Associated Press. O imã já foi alvo de uma tentativa de assassinato, em sua casa, responsabilidade do Boko Haram.
Fonte: publico 06.07.2015
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