Ceará enfrenta ameaça de racionamento de combustível





Donos de postos da Capital temem racionamento de gasolina, álcool e diesel nos próximos dias. A causa é a falta de local para armazenagem dos combustíveis que chegam ao Porto do Mucuripe, onde fica o único parque de tancagem do Ceará. O Porto tem apenas dois terminais ativados para a estocagem do combustível, que chega por meio de navio ou caminhão. O Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Ceará (Sindipostos) define a situação como preocupante e diz que os atrasos para entrega podem chegar a três dias. Os proprietários dizem que a falta de estrutura do Porto do Mucuripe é o grande causador dos atrasos. Na avaliação de Sobral Júnior, proprietário da rede de postos de combustível Sobral & Palácio, Fortaleza dispõe de capacidade limitada de estoque. “Se houvesse um bom estoque, não teríamos esse tipo de problema. Mas é tudo limitado no Mucuripe”, diz. Questionado sobre a possível falta de combustível nas bombas, ele enfatiza sua preocupação. “Tememos a falta de abastecimento. A logística está comprometida e não há previsão de regularidade. Talvez falte em alguns postos, mas conseguimos segurar o fornecimento aos consumidores da nossa rede por até três dias”. A mesma reclamação faz o proprietário do Posto HB, Paulo Sérgio Pereira. Segundo ele, o terminal não evoluiu nos últimos 15 anos e a demanda cresceu. Entre 2000 e 2013, o consumo de gasolina no Ceará cresceu 133% segundo dados da Agência Nacional de Petróleo. Nesse período, o Mucuripe teve três terminais para estoque de combustível desativados. “Está virando uma bola de neve, pedimos 40 mil litros e eles entregam 10 mil. Semana passada, 54% dos postos da Capital ficaram sem gasolina. Não temos mais estoque e os postos não suportam a demanda da Capital”, diz. O assessor de economia do Sindipostos, Antônio José Costa, diz não acreditar que haverá uma falta total de combustíveis, porém os problemas na distribuição devem se manter. “Sabemos que o gargalo principal é a falta de estrutura do Porto do Mucuripe, mas acredito que não vá haver desabastecimento”. Antônio José aponta a construção de terminais de estocagem no Terminal Portuário do Pecém como a solução mais viável para o problema. “Enquanto não é definida a situação dos terminais no Pecém, ninguém investe no Mucuripe e a demanda segue crescendo. Uma alternativa seria um ajuste no Mucuripe até a abertura do Pecém”, diz em referência à transferência do parque de tancagem. Lubnor De acordo com Alexandre Jardim, gerente geral da Lubnor Petrobras, que estoca combustível no Mucuripe, as empresas aguardam a finalização das obras no Pecém para iniciar o processo de migração. Ele avalia que esse processo deve ocorrer de forma gradativa entre as distribuidoras, mas não citou prazos.  Fonte: O Povo / miseria 
17-012014
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